De acordo com os relatos, a Turquia concordou em retirar suas forças dos territórios que ocupou no norte da Síria. Rússia, Turquia e Síria também discutiram a implementação do acordo, feito em 2020, sobre a abertura da rodovia M4 que liga Aleppo a Latakia, disse a fonte.
As partes teriam enfatizado que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) — proibido na Turquia — era "um subordinado de Israel e dos Estados Unidos" e representava "o maior perigo para a Síria e a Turquia".
No dia 15 de dezembro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que havia proposto ao presidente russo Vladimir Putin a realização de uma reunião entre os líderes da Turquia, Rússia e Síria, que seria precedida por uma reunião dos chefes dos serviços de inteligência e dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.
No dia 28 de dezembro, o Ministério da Defesa da Rússia disse que os ministros da pasta síria, turca e russa mantiveram conversações trilaterais em Moscou para discutir maneiras de resolver a crise na Síria. As negociações marcaram o primeiro encontro oficial entre Ancara e Damasco em 11 anos.
A guerra na Síria está em curso desde 2011, com vários grupos insurgentes armados, incluindo organizações terroristas, lutando contra o Exército sírio na tentativa de derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad. Desde 2016, as Forças Armadas turcas também realizam operações aéreas e terrestres na Síria contra grupos armados curdos. Moscou e Ancara têm atuado como mediadores no conflito em vários âmbitos, como o grupo de mediação sobre a resolução síria, em Astana, lançado conjuntamente com o Irã em 2017, ou o Congresso do diálogo nacional sírio realizado na cidade russa de Sochi, em 2018.