Ciência e sociedade

Cientistas chineses tentam acordar o rover de Marte e planejam investigação

O rover Zhurong, da China, deveria estar enviando sinais à Pequim depois de "dormir" durante a temporada de tempestade de areia do Planeta Vermelho. No entanto, para apreensão dos cientistas, o robô permanece em "silêncio".
Sputnik
Cientistas da China ainda estão esperando por um sinal do rover chinês de Marte, que deveria acordar da hibernação no mês passado, mas nenhum contato foi estabelecido.
Movido a energia solar, ele mudou para o modo de hibernação em maio, para que pudesse esperar o inverno do Planeta Vermelho e as ferozes tempestades de areia. Para piorar a situação, a radiação solar durante o inverno também caiu para um nível abaixo do esperado.
Diante do problema, as autoridades espaciais chinesas discutem para descobrir o que aconteceu e as possíveis condições para fazer uma missão de resgaste.
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Eles admitem, segundo publicação do South China Morning Post, que "tempestades de areia podem ter enfraquecido seriamente a capacidade de Zhurong de usar seus painéis solares".
No momento, uma das soluções de resgate envolve o uso da sonda Tianwen-1, circulando em Marte em uma órbita elíptica. O Tianwen-1, em teoria, poderia tirar fotos do rover, que está em uma grande planície conhecida como Utopia Planitia.
Previa-se que Zhurong retomaria as operações por volta de 26 de dezembro, quando o Hemisfério Norte de Marte entrasse na primavera e as condições ambientais melhorassem.
Rover chinês Zhurong em Marte (foto de arquivo) . Foto de arquivo
O rover foi projetado para acordar automaticamente quando duas condições forem atendidas: seu nível de potência deve atingir 140 watts e a temperatura dos principais componentes, baterias incluídas, deve exceder menos 15 graus Celsius.
Em maio de 2021, Zhurong e o módulo de aterrissagem Tianwen-1 pousaram com sucesso em Marte como parte da primeira missão independente da China ao Planeta Vermelho.
Zhurong foi projetado para ter uma vida útil de três meses, mas permaneceu operacional por um ano e viajou quase 2 km para pesquisar o terreno. Usando seu radar de penetração no solo, os cientistas encontraram evidências de dois grandes eventos de inundação que se acredita terem ocorrido milhões de anos atrás.
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