A nova assistência inclui US$ 682 milhões (R$ 2,5 bilhões) para parceiros regionais e aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no flanco oriental e US$ 225 milhões (R$ 1,1 bilhão) para a "modernização militar" da Ucrânia.
Logo em seguida ao anúncio, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a administração do presidente Joe Biden está trabalhando no Congresso do país para fornecer mais ajuda militar adicional à Ucrânia.
"Hoje os Estados Unidos demonstrarão nosso compromisso contínuo e duradouro com a capacidade da Ucrânia de se defender com o anúncio de mais de US$ 3 bilhões [R$ 15,7 bilhões] em nova assistência militar à Ucrânia", disse a porta-voz da Casa Branca durante entrevista coletiva.
A Casa Branca informou que o pacote inclui 50 veículos de combate de infantaria Bradley com 500 mísseis antitanque de reboque, canhões de artilharia autopropulsados, veículos leves resistentes a emboscadas de dispositivos explosivos (MRAPs) e outros veículos armados, bem como mísseis terra-ar. O Pentágono vai fornecer ainda 250 mil munições de 25 milímetros.
Também estão inclusos nessa remessa mísseis antiaéreos Sea Sparrow, que são guiados por radar e podem ser lançados do mar ou da terra para defesa contra aeronaves ou mísseis de navios.
Segundo o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, ainda não há a data em que os veículos de combate de infantaria Bradley chegarão à Ucrânia, mas não levará muito tempo para os ucranianos aprenderem a usá-los.
"Levará algum tempo até que eles possam realmente entrar no país. Não posso dar uma data certa no calendário, mas posso dizer que faremos isso o mais rápido possível", disse Kirby em entrevista. "Este não é um sistema que exigirá uma quantidade exorbitante de treinamento para os ucranianos... Não é tão sofisticado a ponto de demorar muito para aprender, não apenas para operá-lo, mas também para mantê-lo."
O anúncio vem em meio ao cessar-fogo estabelecido pela Rússia devido ao Natal ortodoxo.
A Ucrânia rejeitou a trégua russa, e Biden minimizou o ato, dizendo que a Rússia estaria "buscando oxigênio" diante do conflito.
A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. Desde então, Kiev tem recebido forte aparato militar dos EUA e dos demais países da OTAN.
Moscou sublinha que as armas enviadas a Kiev prolongam o conflito e reduzem as chances de se ter um fim negociado, além de serem alvos legítimos para as forças russas.