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Lula faz sua primeira reunião com ministros de seu governo

Presidente se comprometeu a proteger direitos sociais, trabalhar com empresários responsáveis e ter uma relação harmônica com o Congresso.
Sputnik
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na manhã desta sexta-feira (6), no Palácio do Planalto, em Brasília, a primeira reunião com seus 37 ministros de Estado.
Em discurso, o presidente reafirmou o compromisso de sua gestão com investimentos na área social, na educação, na saúde e na proteção ao trabalhador.
Lula falou que ele e seus ministros têm "a tarefa árdua de entregar o país melhor". "Vamos ter de entregar esse país melhor, mais saudável do ponto de vista da saúde, da massa salarial, mais saudável do ponto de vista dos pequenos e médios empreendedores, dos pequenos e médios produtores rurais, mais saudável do ponto de vista da educação e mais saudável do ponto de vista da civilidade."
O presidente chamou a atenção para a divisão entre familiares e amigos gerada pelas diferenças políticas e disse que sua posse "mostrou que é possível fazer o país voltar a sorrir". Ele destacou que sua equipe de governo reúne pessoas de diferentes pensamentos.
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"Nós não somos um governo de pensamento único, de uma filosofia única, não somos um governo de apenas pessoas iguais. Somos um governo de pessoas diferentes. E o que é importante é que gente pensando diferente tem de fazer um esforço para que na construção de nosso processo de reconstrução deste país a gente pense igual."

Lula também abordou a questão do agronegócio, afirmou que pretende governar para empresários do setor que produzam com responsabilidade e exaltou seu ministro escolhido para a Agricultura, Carlos Fávaro.

"Fico muito feliz quando vejo um homem do agronegócio como ministro da Agricultura, o companheiro Fávaro. Penso que o Fávaro é a perspectiva de que nós temos de fazer com que as pessoas sérias, os homens de negócio do agronegócio, os empresários de verdade, que sabem da responsabilidade da produção de alimentos neste país, sem precisar ofender nem adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer outro bioma que tenha de ser protegido. Esse empresário que produz de forma responsável será por nós muito respeitado e muito bem tratado."

Ele acrescentou que, com aqueles que "quiserem teimar em continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode ser invadido, será usada a força da lei".
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Lula também destacou o compromisso assumido ainda em campanha com a volta do crescimento do país e a geração de empregos e o crescimento da massa salarial. Ele disse que é possível fazer o país crescer sem retirar direitos de trabalhadores e que pretende "governar para todos".

"É possível a gente fazer a economia voltar a crescer, com responsabilidade, com distribuição de renda e riqueza, e é possível gerar emprego que garanta ao trabalhador um pouco de seguridade social. Nós queremos, efetivamente, investir muito no fortalecimento do sistema cooperativo, no micro e pequeno empreendedor, no pequeno e médio empresário. Mas nós queremos que o trabalhador tenha o mínimo de seguridade, que tenha garantia de Previdência, de registro, a garantia de que quando, por motivo qualquer, ele tiver impossibilidade de trabalhar, o Estado garanta a ele o mínimo de segurança", disse o presidente.

Lula reafirmou o compromisso com a educação, exaltou seu escolhido para a pasta da Educação, Camilo Santana, por conta de seu trabalho na área no estado do Ceará, e afirmou que pretende ter uma reunião com o ministro já na próxima semana, para definir prioridades. Em seguida ele abordou a área da Saúde.

"Entra ano e sai ano, e a saúde sempre está um pouco ausente daquilo que é o sonho do povo brasileiro. Nós chegamos a avançar, com a Farmácia Popular, com o Brasil Sorridente, o SAMU, o Mais Médicos, que simplesmente foi destruído em nome de combater qualquer coisa, de tirar aquilo que estava dando certo para o povo daquelas cidades pequenas que não veem médico."

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Lula também disse que "não pretende criminalizar a política", mas destacou que aqueles integrantes de seu governo que se desviarem serão convidados a se retirar e, se cometerem algum crime, terão de se submeter à lei.
Lula ressaltou que pretende ter uma boa relação com o Congresso, "a mais harmônica", e disse que não é o Congresso que precisa do Executivo, mas o oposto. Ele disse que seus ministros terão de respeitar deputados e senadores.

"Nós dependemos do Congresso, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, deputada, senador e senadora que buscá-lo. Senão, quando a gente vai pedir um voto e falar com o deputado, o senador, ele diz 'Não vou votar porque eu fui em tal ministério e nem me receberam'. Nós temos de saber que nós é que precisamos manter uma boa relação com o Congresso Nacional."

Por fim, o presidente também afirmou que o Brasil precisa investir na formação das crianças, para que no futuro "deixe de ser um país exportador de minério de ferro, soja e milho".
"Nós temos de exportar conhecimento, inteligência, coisa mais sofisticada, com valor agregado, para que esse país dê um salto, deixe de ser um país em desenvolvimento e passe a ser um país desenvolvido."
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