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Secretário de Segurança do DF é exonerado após bolsonaristas invadirem Congresso, Planalto e STF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, após um grupo de bolsonaristas radicais invadir as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Sputnik
Em publicação feita nas redes sociais, Rocha anunciou a exoneração do secretário na tarde deste domingo (8). Torres, que foi ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está nos Estados Unidos.

"Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF [Governo do Distrito Federal] à disposição do mesmo", afirmou o governador.

"Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios", disse ainda.
O governo do Distrito Federal tem recebido críticas por não ter impedido a invasão das sedes dos três Poderes. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo Lula no Congresso, chegou a pedir intervenção federal na segurança de Brasília.
Momentos antes da determinação da exoneração, Torres afirmou em sua conta no Twitter que estava trabalhando para que a ordem fosse restabelecida com urgência e disse que "vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei".
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Crime contra o Estado democrático de direito

O jurista Fernando Augusto Fernandes disse à Sputnik Brasil que "estamos vendo crimes contra o Estado de direito democrático" e destacou o artigo 359-L do Código Penal: "Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais: Pena — reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência".
Fernandes acredita que "não é necessária intervenção federal, mas ela pode ocorrer".
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