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Após Michelle confirmar internação de Bolsonaro, mídia afirma que ele não estaria no hospital

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro confirmou a internação de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) em Orlando, na Flórida, para onde o então chefe do Executivo viajou em 30 de dezembro.
Sputnik
As informações haviam sido antecipadas pelo colunista Lauro Jardim no jornal O Globo nesta segunda-feira (9).
Segundo divulgado pelo jornal, Bolsonaro teria dado entrada no hospital AdventHealth Celebration, nas imediações de Orlando, na Flórida, no começo da tarde desta segunda-feira (9).

''Meus queridos, venho informar que o meu marido Jair Bolsonaro se encontra em observação no hospital, em razão de um desconforto abdominal decorrente das sequelas da facada que levou em 2018. Estamos em oração pela saúde dele e pelo Brasil'', escreveu Michelle em seu perfil nas redes sociais.

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Entretanto, de acordo com informações do jornal O Estado de Minas, o referido hospital negou que Bolsonaro tenha se internado em sua unidade.
Em contato com o centro de saúde, foi informado que ninguém com nome de Jair Bolsonaro estava sob cuidados médicos ali.
No entanto, o colunista Lauro Jardim sustentou a informação e acrescentou que o médico de Bolsonaro, Antonio Macedo, teria conversado por telefone com médicos dos EUA. Não há previsão de alta.
O atendimento mencionado por Michelle teria ocorrido um dia após o motim de bolsonaristas em Brasília no domingo (8), que invadiram e destruíram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
A suposta internação teria acontecido logo em seguida à divulgação de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a imediata extradição de Bolsonaro e, em caso de recusa, a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo, o que lhe daria a condição de foragido da Justiça do Brasil.
Calheiros pediu ainda que Bolsonaro fosse investigado no inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos, que corre no STF desde o ano passado.
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Bolsonaro viajou para os EUA em 30 de dezembro, um dia antes de seu mandato como presidente da República se encerrar e usando seu passaporte diplomático.
Da Flórida, o ex-presidente se esquivou da responsabilidade sobre os atos de vandalismo ocorridos em Brasília ontem (8), além de rebater as acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o movimento que prega um golpe de Estado no Brasil.
Até o começo da tarde desta segunda-feira (9), por volta de 1.500 pessoas foram presas, segundo informações do Ministério da Justiça.
O acampamento bolsonarista em Brasília foi desmobilizado por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em coletiva de imprensa cedida hoje (9), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, foi questionado a respeito do assunto, com alusão à atual situação de Bolsonaro no país. O ex-presidente foi nominalmente citado.
Em resposta, Price afirmou que não comenta a situação de indivíduos porque tais informações de visto são privadas e, portanto, sigilosas. Genericamente, no entanto, ele deu informações sobre situações análogas à do ex-presidente da República do Brasil.

"Se alguém entra nos EUA com um visto diplomático para diplomatas ou chefes de Estado, se um portador desse visto não está mais realizando missões oficiais ou representando seu governo, ele deve deixar os EUA ou pedir a mudança do status de imigrante em 30 dias. Esse pedido de mudança de status do visto deve ser feito ao Departamento de Segurança Nacional. Então é dever do portador deixar o país ou pedir a mudança de status", declarou o porta-voz. "Se um indivíduo não tem base para estar nos Estados Unidos, ele estará sujeito à deportação pelo Departamento de Segurança Nacional", concluiu Price.

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