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Senado aprova intervenção federal no DF; Moraes diz que 'prisões não são colônia de férias'

Senado brasileiro aprovou nesta terça-feira (10) a intervenção federal válida até 31 de janeiro. Durante posse de novo diretor da PF, Moraes prometeu punição a quem incentivou "por ação ou omissão" ataques de domingo (8): "Prisões não são colônias de férias".
Sputnik
O Senado acaba de aprovar o decreto anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (8) que determinou a intervenção federal na segurança pública em Brasília.
De acordo com o G1, a votação foi simbólica, ou seja, sem o uso do painel eletrônico para a contagem dos votos. Entretanto, oito senadores anunciaram que são contrários à medida.
Todos eles são apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, incluindo seu filho, o senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. Os parlamentares são: Carlos Potinho (PL-RJ), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Zequinha Marinho (PL-PA), Carlos Viana (PL-MG), Eduardo Girão (Pode-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plinio Valério (PSDB-AM) e Styvenson Valentin (Pode-RN).
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A intervenção já estava em vigor desde o último domingo (8), quando o decreto foi assinado pelo presidente Lula, mas precisava passar pelo crivo da Câmara e do Senado. Com a decisão definida pelos três poderes, a União assume o comando da segurança pública no DF no lugar do governo local, medida que vale até 31 de janeiro de 2023.

'Prisões não são colônias de férias', diz Alexandre de Moraes

Também hoje (10), durante discurso na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues, em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que "as instituições punirão todos os responsáveis. Aqueles que realizaram os atos, aqueles que financiaram e aqueles que incentivaram, por ação ou por omissão".

"Nós temos que combater firmemente o terrorismo. Temos que combater firmemente as pessoas antidemocráticas, pessoas que querem dar o golpe, pessoas que querem o regime de exceção. Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada. Elas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e com muito mais raiva e ódio no Supremo Tribunal Federal", afirmou o ministro segundo o UOL.

Moraes também acrescentou que "essas pessoas que, até domingo [8], faziam baderna e crimes e agora reclamam que estão presas, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não achem que as instituições irão fraquejar".
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Ao ser empossado, o novo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a corporação atuará "com firmeza" na punição das invasões de dois dias atrás.

"As palavras de ódio se concretizaram em ações tangíveis que ameaçaram o edifício do Estado democrático de direito. [...] Vidas de colegas policiais forem colocadas em risco, a segurança da nossa corporação comprometida, as sedes dos Poderes foram atacadas por criminosos [...]", afirmou Rodrigues citado pelo jornal O Globo.

A autoridade ainda complementou que integrantes da equipe da PF passaram a noite sem dormir para realizar os depoimentos e detenção dos 1.200 manifestantes presos no Quartel-General do Exército.
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