O Senado acaba de aprovar o decreto anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (8) que determinou a intervenção federal na segurança pública em Brasília.
De
acordo com o G1, a votação foi simbólica, ou seja, sem o uso do painel eletrônico para a contagem dos votos. Entretanto,
oito senadores anunciaram que são contrários à medida.
Todos eles são apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, incluindo seu filho, o senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. Os parlamentares são: Carlos Potinho (PL-RJ), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Zequinha Marinho (PL-PA), Carlos Viana (PL-MG), Eduardo Girão (Pode-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plinio Valério (PSDB-AM) e Styvenson Valentin (Pode-RN).
A intervenção já estava em vigor desde o último domingo (8), quando o decreto foi assinado pelo presidente Lula, mas
precisava passar pelo crivo da
Câmara e do Senado. Com a decisão definida pelos três poderes, a União assume o comando da segurança pública no DF no lugar do governo local, medida que
vale até 31 de janeiro de 2023.
Também hoje (10), durante discurso na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal Andrei Rodrigues, em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que "as instituições punirão todos os responsáveis. Aqueles que realizaram os atos, aqueles que financiaram e aqueles que incentivaram, por ação ou por omissão".
Moraes também acrescentou que "essas pessoas que, até domingo [8], faziam baderna e crimes e agora reclamam que estão presas, querendo que a
prisão seja uma colônia de férias, não achem que
as instituições irão fraquejar".
Ao ser empossado, o novo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a corporação atuará "com firmeza" na punição das invasões de dois dias atrás.
A autoridade ainda complementou que integrantes da equipe da PF passaram a noite sem dormir para realizar os depoimentos e detenção dos 1.200 manifestantes presos no Quartel-General do Exército.