O acordo vai ser assinado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e seu homólogo japonês, Fumio Kishida, em Londres, durante a viagem de cinco dias de Kishida aos países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), que começou na França no início da semana (8). Kishida também está programado para visitar o Canadá e os Estados Unidos, com expectativas de que o primeiro-ministro japonês mantenha conversas com o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre segurança e cooperação de defesa entre Tóquio e Washington.
"Anos de negociação culminarão na assinatura de hoje, o que acelerará rapidamente a cooperação em defesa e segurança e permitirá que o Reino Unido e o Japão enviem forças um para o outro", dizia o comunicado, acrescentando que o acordo será "o mais importante" acordo de defesa entre os países desde 1902.
De acordo com o governo do Reino Unido, o tratado denominado Acordo de Acesso Recíproco também visa "pavimentar o compromisso do Reino Unido" com a segurança do Indo-Pacífico, pois permite que os dois lados planejem e conduzam exercícios militares conjuntos em maior escala na área.
"Este acordo de acesso recíproco é extremamente significativo para ambas as nações — consolida nosso compromisso com o Indo-Pacífico e destaca nossos esforços conjuntos para reforçar a segurança econômica, acelerar nossa cooperação em defesa e impulsionar a inovação que cria empregos altamente qualificados", disse Sunak em comunicado divulgado pelo governo do Reino Unido antes da reunião.
No início de dezembro, o Reino Unido e o Japão, juntamente com a Itália, concordaram em lançar o Programa Aéreo de Combate Global (GCAP, na sigla em inglês) para desenvolver em conjunto um caça de nova geração até 2035.