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Diretor da NSA cita China e Rússia para pressionar Congresso dos EUA a renovar poderes de vigilância

General do Exército dos EUA e diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Paul Nakasone instou o Congresso a renovar os amplos poderes concedidos às agências de espionagem americanas.
Sputnik
O funcionário da inteligência dos EUA disse que é preciso "vigiar e examinar as comunicações", alegando que as atividades da NSA são essenciais para "impedir o terrorismo, ataques cibernéticos e outras ameaças".
Como as disposições da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira expiram no final do ano, as autoridades já começaram as negociações para manter os programas de vigilância, que apresentam desgastes políticos após anos de consenso bipartidário desde os atentados de 11 de setembro 2001.
De acordo com informações da Associated Press (AP), alguns republicanos que acreditam que as agências de espionagem usaram esses poderes para minar a recente campanha eleitoral do ex-presidente Donald Trump.
Nakasone argumentou que a lei "desempenha um papel enorme na proteção da nação" e gera "algumas das informações mais valiosas do governo dos EUA sobre nossos alvos mais desafiadores".
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Ele deu vários exemplos amplos desse trabalho, incluindo a descoberta de tentativas de roubar tecnologia sensível dos EUA, interromper a transferência de componentes de armas, prevenir ataques cibernéticos e "entender as intenções estratégicas" da China e da Rússia.
O general disse que não poderia compartilhar publicamente mais detalhes sobre o impacto dessa vigilância.
Os defensores das liberdades civis criticam o sigilo dos processos judiciais de inteligência e o fato de que as agências precisam coletar dados sobre os americanos.
Espera-se que os republicanos do Comitê de Inteligência da Câmara pressionem outros parlamentares a apoiar uma renovação este ano "acompanhada de mudanças ainda não especificadas", diz a publicação.
Prédio da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) em Fort Meade, Maryland, Estados Unidos
Edward Snowden, um ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA, vazou centenas de milhares de documentos confidenciais em 2013.
Além de expor o programa de vigilância interna dos EUA, os documentos de Snowden revelaram ao mundo o alcance da espionagem norte-americana, que incluía escutas sobre líderes mundiais, como a ex-chanceler alemã Angela Merkel e a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Snowden fugiu dos EUA para Hong Kong antes de ir para a Rússia, onde passou mais de um mês em um aeroporto de Moscou, enquanto os EUA tentavam que ele fosse entregue para enfrentar um julgamento criminal por acusações de espionagem.
Em 2014, o ex-agente da NSA recebeu asilo na Rússia e uma autorização de residência de três anos. Essa permissão foi prorrogada e eventualmente substituída por uma autorização de residência permanente.
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