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Aliados próximos a Bolsonaro temem depoimento de Anderson Torres após prisão, diz mídia

Aliados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) temem um "depoimento comprometedor" ou mesmo uma delação premiada do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, escreve o colunista do G1 Gerson Camarotti.
Sputnik
Segundo o jornalista, há uma avaliação entre pessoas do núcleo político de Bolsonaro de que a situação do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ficou "extremamente delicada".
"A existência da minuta indica que Bolsonaro pensou no assunto. E Anderson Torres terá que responder quem escreveu a minuta. Bolsonaro teve participação? O incômodo no partido é muito forte, porque o PL não quer confusão. O PL é da política", disse um integrante influente do partido, de acordo com o articulista.
Torres teve ordem de prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por omissão no episódio dos atos golpistas do último domingo (8). Ele garantiu que vai retornar ao Brasil e se entregar à Justiça. Torres estava em Orlando, nos EUA, e, de acordo com o Uol, teria se encontrado com Bolsonaro um dia antes dos ataques aos prédios dos Três Poderes.
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Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo revelou que, durante operação realizada nesta semana na casa do ex-ministro, a Polícia Federal encontrou um rascunho de um decreto supostamente preparado para o ex-presidente tentar reverter o resultado das eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A minuta do decreto indicou o objetivo de instaurar um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo Camarotti, interlocutores do ex-presidente avaliam que "não há segurança" neste cenário e consideraram "fraca" a explicação de Torres de que o documento seria triturado e que foi vazado fora de contexto.
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