Panorama internacional

Professores, enfermeiras, ferroviários: Reino Unido vive onda de greves contra a inflação

Professores se tornaram neste domingo (15) a mais nova categoria a anunciar adesão à onda de paralisações que varre o país em protesto por um reajuste salarial capaz de conter os efeitos da alta inflacionária.
Sputnik
A onda de greve que vem varrendo o Reino Unido e agravando a situação econômica britânica promete se intensificar nas próximas semanas, com a adesão da categoria dos professores.
Segundo noticiou o jornal britânico Sunday Times, neste domingo (15), professores pertencentes ao Sindicato Nacional da Educação decidiram, em votação, iniciar uma greve a partir de fevereiro, que pode se estender pelo mês de março.
Assim como em outras categorias, a decisão dos professores foi tomada em protesto por um reajuste salarial, capaz de atender ao aumento no custo de vida gerado pela alta inflacionária no Reino Unido.
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Além dos professores, o Reino Unido enfrenta greves entre trabalhadores do setor ferroviário, que vêm paralisando o serviço de transporte, e no setor de saúde, liderada por enfermeiras que lançaram uma greve histórica, considerada a maior da categoria em 106 anos.
A onda de greve, iniciada no final de 2022, coloca pressão sobre o governo do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e joga a população britânica, já assolada pela crise econômica, no centro de uma agitação política e social.
Atualmente, o Reino Unido lida com uma inflação acima dos 10%, impulsionada pelo aumento nos preços da energia, que levou o país às portas de uma recessão. Em grande parte, o cenário é fruto da decisão do Reino Unido e de outros países da Europa de acatar a estratégia liderada pelo governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o petróleo e o gás russo, em retaliação ao conflito com a Ucrânia, o que fez saltar o preço da energia nos EUA e em vários países europeus.
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