Os protestos foram realizados nesta segunda-feira na Universidade Hebraica de Jerusalém, na Universidade de Tel Aviv, na Universidade de Haifa e em dezenas de outras instituições educacionais. Ao mesmo tempo, alguns estudantes realizaram ações alternativas em apoio aos planos do governo, disse o jornal Times of Israel.
"Nós, estudantes, não estamos dispostos a ficar calados diante da perigosa liquidação da justiça. Esta é uma luta pelo nosso futuro contra um governo que em nome da tirania da maioria ameaça atropelar a democracia e depois, sem freio, para prejudicar a igualdade e as liberdades de muitos grupos da população de Israel. Estamos determinados a acabar com essa loucura, e isso é apenas o começo", disse o Student Protest (ou Protesto de Estudantes, em inglês), uma organização recém-criada que iniciou vários protestos, de acordo com o jornal.
Quatro estudantes da Universidade Hebraica de Jerusalém foram presos depois de bloquear uma estrada e se recusar a cumprir as instruções da polícia, publicou o jornal Haaretz, citando autoridades.
No dia 4 de janeiro, o ministro da Justiça de Israel, Yariv Levin, lançou um pacote de reforma legal que limitaria a autoridade da Alta Corte de Justiça e daria ao gabinete o controle sobre a seleção de novos juízes. A reforma planejada gerou críticas públicas e gerou uma onda de protestos.
No sábado (14), cerca de 80 mil israelenses foram às ruas de Tel Aviv para protestar contra o plano de reforma judicial. Uma manifestação semelhante, na semana passada, contou com a presença de mais de 10 mil pessoas.