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Mídia: Lula demite mais de 50 militares após expor suspeitas; primo de Ustra está entre dispensados

Presidente deixou claro na última sexta-feira (17) que acredita que as Forças Armadas foram coniventes com atentados aos prédios dos Três Poderes. Demissões, que já vinham acontecendo, ganharam impulso após ampliação de sensação de desconfiança.
Sputnik
Bem no começo do ano e consequentemente início do mandato, o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma espécie de "pente-fino" e dispensou militares em cargos-chave para começar um processo de desmilitarização do governo, conforme noticiado.
Entretanto, após as invasões violentas ocorridas no Distrito Federal no dia 8, o presidente decidiu "engrossar" a lista de demissões e dispensou 40 militares.
De acordo com a Folha de São Paulo, Lula ficou desconfiado com a atuação das autoridades durante os atentados e, em meio ao processo de adaptação para voltar a ocupar a residência oficial do chefe do Executivo, decidiu fazer um "pente-fino" mais ampliado.
De acordo com a mídia, os militares demitidos seguem como integrantes das Forças Armadas, mas deixarão de receber a gratificação a que tinham direito por atuar na coordenação do Palácio da Alvorada.
Apesar do número citado pela Folha de 40 militares, a rádio CBN e a Carta Capital afirmam que o número foi de 56, e apontam para um em específico: o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Marcelo Ustra trabalhava na coordenação geral de operações de segurança presidencial, órgão ligado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O GSI é o órgão do governo brasileiro responsável pela proteção e segurança física​ do presidente da República, o vice-presidente e seus familiares, além de possuir canais de comunicação com as Forças Armadas, policiais e de serviços de inteligência.
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Ontem (16), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que o GSI passará por uma renovação de quase 100% em seu pessoal.
"O GSI está sendo mudado. Quase 100% dele será renovado para ter uma oxigenação, para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação. Temos que garantir um padrão de treinamento que permita proteger os três Palácios, símbolos das três instituições do Brasil", afirmou Costa ao jornal O Globo.
O ministro também acrescentou que "é um consenso que a atuação de militares esteve longe da eficiência" durante as invasões, declaração que vai de acordo com a análise feita pelo presidente Lula.
Em café da manhã com jornalistas na sexta-feira (14), o presidente disse afirmou acreditar em conivência de militares no dia em que bolsonaristas invadiram e vandalizaram as sedes dos três Poderes.
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