Panorama internacional

Parlamento Europeu: relatório de política externa insta UE a enviar mais armas para Ucrânia

O Parlamento Europeu, em seu relatório anual de Política Externa e de Segurança Comum, adotado nesta quarta-feira (18), instou a União Europeia (UE) e seus membros a fornecer mais armas à Ucrânia, incluindo tanques de batalha alemães Leopard 2, em resposta às supostas "ameaças russas à segurança europeia".
Sputnik
"A UE e seus Estados-membros precisam aumentar sua assistência militar, política e humanitária à Ucrânia e fortalecer sua defesa para combater as ameaças russas à segurança europeia", disse o relatório do parlamento.
Membros do Parlamento Europeu instaram, em particular, o chanceler alemão Olaf Scholz a enviar tanques de guerra a Kiev o mais rápido possível.
"Os eurodeputados pedem a implantação imediata de armas modernas e um sistema de defesa aérea de última geração, instando o chanceler alemão Scholz a entregar os principais tanques de batalha Leopard 2 à Ucrânia sem demora", disse o comunicado.
A segurança europeia deteriorou-se drasticamente devido às ações da Rússia na Ucrânia, levando a UE a aumentar e acelerar a ajuda militar à Ucrânia e melhorar o funcionamento de sua política de defesa "enquanto continua e fortalece sua cooperação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", disse o membro do Subcomitê de Segurança e Defesa, Tom Vandenkendelaere, no relatório.
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Além disso, o parlamento acrescentou que a UE deve abandonar a votação por unanimidade, especialmente nas decisões "relativas a sanções e direitos humanos", a fim de reagir aos desafios modernos de forma mais rápida e flexível.
Além disso, tendo em conta o peso econômico e político da UE, o parlamento julga que o bloco merece um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (CSNU).
Os países ocidentais têm aumentado seu apoio militar a Kiev desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia em fevereiro de 2022. Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados-membros da OTAN condenando sua assistência militar a Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas em território ucraniano seria "alvo legítimo" para as Forças Armadas russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o fornecimento de armas estava minando as perspectivas de um futuro processo de paz.
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