Panorama internacional

Parlamento da UE aprova resolução contra atos em Brasília e culpa Bolsonaro por 'difusão do ódio'

No texto aprovado, os legisladores europeus fizeram uma conexão entre os ataques em Brasília e a invasão do Capitólio nos Estados Unidos. Segundo os deputados, os atos estão ligados "ao crescente fascismo transnacional, racismo e extremismo".
Sputnik
Na semana passada, foi anunciado que o Parlamento Europeu se reuniria para elaborar um texto e uma votação sobre as invasões ocorridas no Brasil às sedes dos três Poderes.
Com 319 votos a favor e 46 contra, a assembleia do bloco europeu aprovou uma resolução na manhã de hoje (19) condenando os atentados em Brasília ocorridos no último dia 8, relatou a CNN Brasil, acrescentando que outros 74 deputados se abstiveram.
Na resolução, os parlamentares europeus ressaltaram o apoio aos esforços para uma investigação rápida e imparcial para identificar e processar os envolvidos e as instituições que não agiram para impedir os crimes.
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Ao mesmo tempo, o texto demonstrou seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às instituições democráticas no país e às açõs do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Porém, rejeitou "nos termos mais veementes" as ações "criminosas perpetradas por partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro", segundo a mídia.
Em relação ao ex-presidente, as críticas foram duras, com os parlamentares responsabilizando diretamente Bolsonaro pelo ocorrido.

"Falo para você, Bolsonaro, que a invasão das instituições democráticas no Brasil é sua responsabilidade pessoal. Com seus ataques contra a democracia, com suas mentiras, a difusão do ódio e a tentativa de dividir a sociedade", disse a deputada Anna Cavazzini, autora da convocação do debate e apoiada por centenas de outros parlamentares, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.

Os deputados também pediram que "Bolsonaro e seus apoiadores" aceitem o resultado das eleições e recomendaram legislação que regule plataformas de redes sociais para combater fake news.
"Se você espalha mentiras por meses sobre eleições, que elas seriam roubadas, não atue como se estivesse surpreso se as instituições democráticas literalmente peguem fogo", afirmou Cavazzini.
O voto no Parlamento Europeu é mais uma forte demonstração internacional de apoio às instituições democráticas do Brasil.
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