A Meta deixou de considerar o Batalhão Azov uma organização terrorista, relata no sábado (21) o jornal norte-americano Washington Post (WP).
Assim, a Meta (empresa extremista que, junto com suas redes sociais, é banida na Rússia), retirou o Batalhão Azov (organização proibida na Rússia por extremismo) da "lista de indivíduos e organizações perigosos". Ela também passou a considerar o Batalhão Azov uma entidade diferente do Movimento Azov.
Isso permitirá a seus membros criar contas e conteúdo no Facebook e no Instagram sem limitações além das gerais existentes na rede social. Os outros usuários também poderão elogiar e apoiar as atividades do grupo.
O Batalhão Azov tem fortes ligações ao nacionalismo de extrema direita e neonazista ucraniano.
Ao mesmo tempo, a empresa de Mark Zuckerberg diz que "elementos do Movimento Azov, incluindo o Corpo Nacional, e seu fundador Andrei Biletsky" seguem integrando a lista de indivíduos e organizações perigosos.
Em novembro do ano passado o Conselho de Supervisão do Facebook também anulou a decisão da Meta de proibir uma publicação que comparava os soldados russos da operação especial russa a nazistas e apelava a matá-los, não obstante a política da rede social de proibir conteúdo "desumanizante" sobre outros grupos de pessoas.
Em março de 2022 a Meta permitiu o discurso de ódio contra militares russos e Vladimir Putin, presidente da Rússia, apesar de pouco depois ter limitado a política no território da Ucrânia e a aplicar somente no âmbito da operação especial. Além disso, foram retiradas algumas restrições sobre o Batalhão Azov. Em seguida, a empresa de TI norte-americana e suas redes sociais foram declaradas extremistas na Rússia.