As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) iniciaram nesta segunda-feira (23) um exercício conjunto em grande escala no território israelense e no leste do mar Mediterrâneo.
Em entrevista à NBC News, um funcionário da Defesa dos EUA disse que a atividade visava mostrar a adversários, como o Irã, que não há distração de Washington com os acontecimentos na Ucrânia e as ameaças da China.
"Este exercício fortalece a prontidão coletiva de EUA e Israel e melhora a interoperabilidade de ambas as forças, contribuindo assim para a estabilidade regional", afirmou o CENTCOM.
O general Michael Kurilla, comandante do CENTCOM, avaliou que o exercício "aumenta nossa capacidade de responder a contingências e ressalta nosso compromisso com o Oriente Médio".
O governo norte-americano explicou que as forças "praticariam comando e controle conjuntos, além de operações aéreas, de guerra marítima e de busca e salvamento em combate, ataques eletrônicos e supressão das defesas aéreas inimigas".
Das 142 aeronaves envolvidas no exercício, 100 são americanas, informou a NBC News, incluindo quatro bombardeiros estratégicos B-52, quatro caças F-35, 45 caças F/A-18 e dois drones MQ-9 Reaper.
EUA e Israel conduzem os exercícios conjuntos Cyber Dome, em 19 de dezembro de 2021
© Foto / Forças de Defesa de Israel
O CENTCOM também disse que caças F-15 e F-16, helicópteros AC-130, helicópteros Apache e outras aeronaves de resgate e reabastecimento participariam.
As FDI, por sua vez, enfatizaram que as aeronaves simulariam "vários cenários", incluindo ameaças navais ao território do país, com os bombardeiros americanos lançando munição real no sul de Israel.
Israel afirmou que as corvetas da classe Sa'ar 5, da Marinha israelense, além de um submarino, participariam do exercício. As corvetas serão reabastecidas por um navio-tanque americano "para expandir os alcances e áreas de operação das FDI em situações de rotina e emergência".