A declaração foi feita no contexto da crescente pressão sobre a Alemanha sobre o possível fornecimento de tanques de batalha Leopard. Na segunda-feira (23), o ministro da Defesa polonês, Mariusz Blaszczak, disse que Varsóvia solicitou a Berlim que aprovasse o envio de tanques Leopard 2 do Exército polonês para a Ucrânia.
"Como o secretário de Relações Exteriores e outros disseram, gostaríamos de ver apoio adicional fornecido à Ucrânia. O que não vamos fazer é ditar a outros países exatamente o que eles devem ou não fornecer — antes de mais nada, isso deve ser para aqueles países", disse o porta-voz do primeiro-ministro.
Ele acrescentou que o Reino Unido vai continuar trabalhando com seus aliados para garantir o futuro fornecimento de armas.
No dia 15 de janeiro, Sunak anunciou que o Reino Unido iria enviar 14 de seus tanques Challenger 2 para a Ucrânia. No entanto, apesar das extensas entregas de armas, os Estados Unidos e a Alemanha ainda não concordaram em enviar seus principais tanques de batalha Abrams e Leopard para Kiev. Na semana passada, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não conseguiram negociar uma única posição sobre a questão dos tanques na reunião na base aérea de Ramstein.
Os países ocidentais têm aumentado seu apoio militar a Kiev desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados-membros da OTAN condenando sua assistência militar a Kiev. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas em território ucraniano seria "alvo legítimo" para as Forças Armadas russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, afirmou que o fornecimento de armas estava minando as perspectivas de um futuro processo de paz.