O livro retrata um perfil simpático do líder russo Vladmir Putin e, segundo os críticos, levanta preocupações de que possa influenciar a política nacional em relação ao conflito na Ucrânia.
O romance foi lançado após o início da operação militar especial na Ucrânia e se tornou um popular "guia para entender Putin".
Conforme nota o articulista, após a publicação do livro, da Empoli passou a ser convidado para a televisão como especialista no conflito ucraniano.
O autor do texto no jornal observou que na França a literatura ainda é um trampolim para discussões políticas.
Por exemplo, a primeira-ministra francesa Elisabeth Born apreciou muito o romance, dizendo que ele "reflete, como um eco, a atual situação internacional e o conflito na Ucrânia".
23 de janeiro 2023, 23:08
Méheut acrescentou que a imagem do presidente russo é descrita favoravelmente. Segundo os críticos, isso sinaliza uma atitude branda em relação ao presidente russo e a possibilidade de uma mudança na visão do país sobre a crise ucraniana.
O ex-ministro das Relações Exteriores da França, Hubert Verdin, disse que o romance era "incrivelmente crível" e que todos deveriam lê-lo. Ele também afirmou que se Macron tivesse lido este livro, ele não teria assumido uma postura tão agressiva em relação à Rússia.
O livro versa sobre um antigo assessor fictício de Putin que fala sobre o declínio do Ocidente, a influência dos EUA na política internacional e a forte liderança na Rússia.