"Estamos em um rápido processo de normalização das relações com o Brasil: eles nos deram um lugar para nosso embaixador e enviaram um diplomata a Caracas para fazer o mesmo. [Estamos] em processo de restabelecimento das relações econômicas e consulares, e para projetos comuns, nos quais estamos trabalhando rapidamente", disse o chanceler.
O chanceler, que representou a Venezuela na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), destacou que o Brasil é um importante aliado para Caracas, ainda que nos últimos anos o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha "ideologizado a relação".
Gil frisou que a Venezuela também está iniciando um processo de normalização das relações diplomáticas com a Colômbia, que desde 7 de agosto é presidida por Gustavo Petro.
"Foram realizadas duas reuniões com o Petro, colocamos embaixadores em cada um dos países — normalizando as relações consulares —, e a Venezuela está acompanhando o processo de diálogo entre o governo e a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN)", explicou Gil.
"Pouco a pouco caminhamos para um marco de normalização das relações com a Colômbia, que é um parceiro histórico", acrescentou.
O chanceler ainda comentou sobre a ausência do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na cúpula da CELAC, realizada em Buenos Aires na terça-feira (24). Ele reforçou que a decisão do chefe de Estado se deu com base em informações de que uma operação foi montada para atacar a delegação de Caracas.
"A Venezuela é um país ameaçado e o presidente é ameaçado mundialmente pelas forças de direita e extrema direita que estão na região e no mundo, e todos esses ataques são dirigidos pelos Estados Unidos", apontou.