Mais cedo, a AIEA divulgou um comunicado dizendo que os especialistas da agência estacionados na usina relataram explosões poderosas na área da central nuclear de Zaporozhie "indicando atividades militares nas proximidades do local situado na linha de frente do conflito em andamento".
De acordo com o comunicado, os especialistas relataram tais incidentes à sede em Viena quase diariamente nos últimos dias e semanas.
Mas, de acordo com Rogov, "esta informação não corresponde à realidade. Não houve explosões, especialmente fortes, perto da usina nuclear. Obviamente, isso é algum tipo de jogo ou estratagema da AIEA, visando a provocação ou alguns passos para desacreditar a situação no região".
O funcionário disse que a agência pretende questionar a capacidade dos militares russos de garantir a segurança e proteger a central nuclear do bombardeio da Ucrânia.
"Tem-se a impressão de que a AIEA está cumprindo a vontade política do regime de Kiev e seus mestres, que estão preocupados com as ações ofensivas bem-sucedidas do Exército russo nas seções de Zaporozhie da linha de frente, então eles estão tentando retardá-lo. de todas as formas, inclusive espalhando desinformação", disse Rogov.
A usina de Zaporozhie é considerada a maior central nuclear da Europa em número de unidades e produção. Ao longo da operação militar russa na Ucrânia, a usina e seu entorno estão sob controle das forças russas.
A região vem sendo foi bombardeada diversas vezes, em ataques atribuídos pela Rússia às forças ucranianas. Kiev, por sua vez, alega que os incidentes são responsabilidade de Moscou. A AIEA, que monitora a situação, defende a criação de uma área de proteção na região a fim de evitar um acidente nuclear.