As relações entre Suécia e Turquia pioraram após os protestos dos últimos dias em Estocolmo e a queima do Alcorão pelo líder de um partido de extrema direita dinamarquês, Rasmus Paludan, depois de obter permissão das autoridades suecas para realizar a manifestação.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse em 23 de janeiro que a Suécia não deve contar com o apoio turco para o pedido de adesão à Aliança Atlântica. Em 24 de janeiro, uma fonte diplomática informou à Sputnik que as conversações trilaterais entre a Turquia, a Suécia e a Finlândia tinham sido adiadas a pedido de Ancara.
"Nestas condições, as conversações trilaterais não têm sentido. Qual é a essência do mecanismo? Cumprir pontualmente os termos do memorando. Mas é improvável que a situação atual crie atmosfera saudável e necessária para as negociações. A Suécia não tomou medidas sérias para cumprir os termos do memorando, citando várias razões [...] estão mudando as leis e a Constituição. Então, por isso, não tem sentido operar o mecanismo agora", declarou Cavusoglu em conferência de imprensa com seu homólogo sérvio, Nikola Selakovic, na quinta-feira (26) em Ancara.
A Finlândia e a Suécia, no contexto da operação militar especial russa na Ucrânia, apresentaram pedidos ao secretário-geral da OTAN em 18 de maio de 2022. Até agora, apenas dois dos 30 países – a Hungria e a Turquia – não ratificaram as candidaturas da Suécia e da Finlândia à Aliança Atlântica.