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Em meio a tensões no país africano, Itália fecha acordo de gás de US$ 8 bilhões com a Líbia

Neste sábado (28), a premiê italiana, Giorgia Meloni, visitou Trípoli para concluir acordo de gás de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) com o objetivo de aumentar o fornecimento de energia para a Europa, em mais um esforço europeu para substituir o gás russo.
Sputnik
Ao assinar o acordo, o chefe da National Oil Corp da Líbia, Farhat Bengdara, e o chefe da Eni da Itália, Claudio Descalzi, disseram que vão investir o valor da negociação não só em desenvolvimento de gás, bem como em energia solar e captura de carbono, segundo a Reuters.
O acordo de gás terá validade de 25 anos e levará a uma produção de até 800 milhões de pés cúbicos por dia, com Bengdara chamando-o de novo investimento mais importante no setor de energia da Líbia em um quarto de século.
Em Trípoli, Meloni se encontrou com o primeiro-ministro, Abdulhamid al-Dbeibah, e além das negociações em torno do combustível, as duas autoridades conversaram sobre questões de imigração.
No entanto, os acordos firmados podem ser prejudicados pelo conflito interno da Líbia, que dividiu o país entre facções rivais que disputam o controle do governo e contestam as reivindicações de legitimidade política umas das outras, relata a mídia.
O caos se instalou no país desde o levante apoiado pela OTAN em 2011, que derrubou Muammar Gaddafi, e deixou grande parte da Líbia nas mãos de facções armadas. Uma pequena missão militar italiana foi implantada na Líbia por vários anos.
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Na semana passada, Meloni esteve na Argélia buscando fechar o mesmo tipo de negociações. Europa e Estados Unidos fazem movimentos para se aproximar do continente africano, uma vez que Rússia e China estão aproximando ainda mais seus laços diplomáticos com países do continente.
Nesta semana, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que as ações de EUA e Europa, exigindo que os Estados africanos parem de cooperar com a Rússia, é uma tentativa para restaurar a dependência colonial do continente, conforme noticiado.
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