Ao assinar o acordo, o chefe da National Oil Corp da Líbia, Farhat Bengdara, e o chefe da Eni da Itália, Claudio Descalzi, disseram que vão investir o valor da negociação não só em desenvolvimento de gás, bem como em energia solar e captura de carbono, segundo a Reuters.
O acordo de gás terá validade de 25 anos e levará a uma produção de até 800 milhões de pés cúbicos por dia, com Bengdara chamando-o de novo investimento mais importante no setor de energia da Líbia em um quarto de século.
Em Trípoli, Meloni se encontrou com o primeiro-ministro, Abdulhamid al-Dbeibah, e além das negociações em torno do combustível, as duas autoridades conversaram sobre questões de imigração.
No entanto, os acordos firmados podem ser prejudicados pelo conflito interno da Líbia, que dividiu o país entre facções rivais que disputam o controle do governo e contestam as reivindicações de legitimidade política umas das outras, relata a mídia.
O caos se instalou no país desde o levante apoiado pela OTAN em 2011, que derrubou Muammar Gaddafi, e deixou grande parte da Líbia nas mãos de facções armadas. Uma pequena missão militar italiana foi implantada na Líbia por vários anos.
Na semana passada, Meloni esteve na Argélia buscando fechar o mesmo tipo de negociações. Europa e Estados Unidos fazem movimentos para se aproximar do continente africano, uma vez que Rússia e China estão aproximando ainda mais seus laços diplomáticos com países do continente.
Nesta semana, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que as ações de EUA e Europa, exigindo que os Estados africanos parem de cooperar com a Rússia, é uma tentativa para restaurar a dependência colonial do continente, conforme noticiado.