"Se os EUA não tivessem infringido os justos interesses de segurança da Rússia e acelerado passo a passo o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] para o Leste, a atual situação da Ucrânia não teria sido criada.[...] Os EUA voltaram a falar sobre o boato infundado de 'tráfico de armas entre a República Popular Democrática da Coreia [RPDC] e a Rússia', em uma tentativa tola de justificar sua oferta de armas à Ucrânia", disse Kwon, conforme citado pela agência de notícias estatal norte-coreana.
O chefe do departamento também observou que minar a imagem da Coreia do Norte na arena internacional é "uma grave provocação que nunca pode ser permitida e que não pode deixar de desencadear sua reação".
"Os EUA devem estar cientes de que enfrentarão um resultado realmente indesejável se persistirem em espalhar o boato contra a RPDC", disse Kwon.
O alto funcionário acrescentou que Washington está constantemente abastecendo a Ucrânia com armas, bem como frequentemente transferindo meios de ataque nuclear para a península coreana sob o pretexto de "dissuasão estendida" em resposta às supostas "provocações de alguém".
Kwon também chamou a lógica dos EUA de ridícula e o fornecimento de tanques a Kiev de "um crime antiético" que desestabiliza a situação internacional.
No início desta semana, Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, vice-chefe do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, disse que os EUA, que bombardeiam a Ucrânia com armas, provocam o escalada do conflito, enquanto a Coreia do Norte vai estar sempre ao lado do povo e do Exército da Rússia, que protege a "dignidade e honra" do Estado, sua soberania e segurança.
Em dezembro, a Coreia do Norte já negava as acusações de fornecimento de armas à Rússia. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse que Pyongyang nunca teve nenhum acordo de armas com Moscou e que qualquer reportagem da mídia sobre isso era o rumor mais absurdo.