O crânio da nobre francesa mostrava a falta de um dente incisivo superior e o uso de um fio de ouro como ponte dentária.
O cadáver de Anne D'Alegre, condessa de Laval, foi descoberto em 1988 durante uma escavação arqueológica no Castelo de Laval.
Recentemente, os pesquisadores determinaram que a condessa tinha uma doença periodontal, segundo a Radio France.
A condessa morreu em 1619, aos 54 anos de idade, e seu esqueleto foi encontrado embalsamado em um túmulo de chumbo, que estava muito bem preservado, assim como seus dentes.
O estudo, liderado pela pesquisadora Rozenn Colleter, usou tecnologias digitais modernas de diagnóstico periodontal para analisar seus dentes.
A análise mostrou que ela havia usado um fio de ouro para manter vários de seus dentes juntos, à semelhança das modernas pontes dentárias. Além disso, havia um incisivo artificial feito de marfim de elefante.
De acordo com os especialistas, estes métodos "apenas pioraram a situação", já que os fios precisavam ser reajustados ao longo dos anos, prejudicando ainda mais os dentes adjacentes.
O estudo também indicou que ela havia perdido outros dentes no lado esquerdo da mandíbula, incluindo um molar, além do desgaste provocado possivelmente pelo ranger dos dentes.
Para os pesquisadores, o estudo completa a história da odontologia, pois os trabalhos foram realizados um século antes da chegada dos primeiros verdadeiros dentistas.