A Turquia advertiu no sábado (28) seus cidadãos sobre possíveis "perseguições e ataques xenófobos e racistas" nos EUA e na Europa em meio às relações tensas com os países ocidentais, informou no sábado a agência britânica Reuters.
Em dois pareceres separados sobre viagens, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia também avisou os seus cidadãos que seria melhor "ficar longe de áreas onde as manifestações possam se intensificar".
O ministério disse que possíveis "atos anti-Islã e racistas" poderiam ocorrer devido às perigosas dimensões da intolerância religiosa e do ódio na Europa.
No sábado (28) Rasmus Paludan, líder do Stram Kurs, um partido político de extrema direita da Dinamarca, queimou publicamente o Alcorão em frente à embaixada turca em Estocolmo, Suécia, e prometeu queimar cópias do livro sagrado do Islã em frente da embaixada turca "todas as sextas-feiras" até que a Turquia deixe a Suécia entrar na OTAN. O Ministério das Relações Exteriores sueco também aconselhou os seus cidadãos na Turquia a evitarem multidões e manifestações.
Várias embaixadas na capital turca, Ancara, incluindo as dos EUA, Alemanha, França e Itália, divulgaram na sexta-feira (27) alertas de segurança para seus cidadãos na Turquia, citando "possíveis ataques de retaliação por terroristas contra locais de culto". Atos com queima do Alcorão foram também registrados nos Países Baixos e Dinamarca, levando igualmente a condenações por parte de Ancara.