A proposta de aliança foi anunciada em junho de 2022 pelo presidente dos EUA, Joe Biden, mas não conseguiu reunir neste mês nem metade dos países das Américas e tem menos adesão que a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, plano chinês de investimentos na região que conta com 21 nações — incluindo 8 que estão na nova parceria.
Na declaração, os países apontam que estão "unidos por um propósito comum de atender às necessidades de nossos povos por meio de uma boa governança que leve a oportunidades econômicas robustas e a um crescimento econômico inclusivo e sustentável. Como vizinhos, devemos colher os benefícios de um hemisfério aberto, justo, inclusivo e próspero".
"A Aliança das Américas impulsionará nossa cooperação econômica mais profunda e promoverá ideias ousadas com ações claras para promover nossa visão de desenvolvimento, democracia e prosperidade compartilhada. Pretendemos que a Aliança seja uma iniciativa aberta e inclusiva e que se expanda no futuro para outros parceiros do hemisfério que compartilhem nossa visão, metas e compromisso com uma agenda ambiciosa de crescimento econômico sustentável e resiliência hemisférica", afirmam.
Desde que surgiu, a CELAC é apontada como uma tentativa de contraponto à Organização dos Estados Americanos (OEA), capitaneada por Washington desde a sua criação. O evento marcou o retorno do Brasil ao organismo, após o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tê-lo abandonado.
Para analistas ouvidos pela Sputnik Brasil na última semana, o retorno do Brasil à plataforma — formalizado no último dia 5 — a fortalece e ajuda a equilibrar as relações com os EUA.
Segundo Lucas Mesquita, professor de relações internacionais e integração da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), "a CELAC tem uma importância do ponto de vista da política e da construção de um espaço de balanceamento do espaço de cooperação e de discussão entre os países da região".