Ciência e sociedade

Cérebro de peixe fossilizado de 319 milhões de anos pode mudar evolução de vertebrados (FOTOS)

Uma tomografia computadorizada do crânio de um peixe de 319 milhões de anos revelou o cérebro mais antigo e preservado de um animal com espinha dorsal.
Sputnik
O animal foi retirado de uma mina de carvão no Reino Unido há mais de um século, segundo a revista Nature.
De acordo com os pesquisadores da Universidade de Michigan, o cérebro e os nervos cranianos medem cerca de 2,5 centímetros de comprimento e pertencem a um peixe extinto do tamanho de uma guelra azul.
Uma tomografia computadorizada do crânio de um peixe de 319 milhões de anos revelou o cérebro mais antigo e preservado de um animal com espinha dorsal
A descoberta fornece informações sobre a preservação de partes moles em fósseis de animais vertebrados, já que a maioria dos fósseis foi formada por partes como ossos, dentes e conchas.
O cérebro estudado pertence ao peixe primitivo Coccocephalus wildi, que tinha o tamanho de um lambari e provavelmente se alimentava de pequenos crustáceos, insetos aquáticos e cefalópodes.
Uma tomografia computadorizada do crânio de um peixe de 319 milhões de anos revelou o cérebro mais antigo e preservado de um animal com espinha dorsal
O paleontólogo Matt Friedman afirmou que a espécie faz parte do grupo dos peixes de nadadeiras raiadas, que são os principais peixes vivos hoje, com espinha dorsal e barbatanas sustentadas por hastes ósseas, chamadas raios.
O autor principal do estudo, Rodrigo Figueroa, da Universidade de Michigan, afirmou que o fóssil superficialmente inexpressivo e pequeno "não apenas mostra o exemplo mais antigo de um cérebro de vertebrado fossilizado, como mostra muito sobre a evolução do cérebro".
Representação artística de um peixe fossilizado de 319 milhões de anos
Suspeita-se que, quando o peixe morreu, ele tenha sido rapidamente soterrado em sedimentos com pouco oxigênio presente, o que pode ter retardado a decomposição das partes moles do corpo.
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