A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo descumprimento de medidas cautelares estabelecidas pelo tribunal, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.
Na decisão, Moraes afirma que Silveira agiu com "completo desrespeito e deboche" diante de decisões judiciais do STF.
O ministro também destacou que o ex-deputado danificou a tornozeleira eletrônica e continuou a atacar o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação auditado por diversas organizações nacionais e internacionais".
De acordo com o portal G1, fontes da Polícia Federal informaram que havia "muito dinheiro na casa" de Silveira no momento da detenção.
Daniel Silveira (então PSL-RJ) exibe em celular montagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso em sessão da Câmara dos Deputados. Foto de arquivo
© AP Photo / Eraldo Peres
Daniel Silveira se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro, em outubro, mas teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Mesmo assim, ele obteve 19,18% dos votos na disputa, ficando atrás de Romário (PL) — reeleito —, com 29,19%, e Alessandro Molon (PSB), que teve 21,20%.
Com isso, ficou sem mandato e perdeu o foro privilegiado, nesta quarta-feira (1º), quando os novos parlamentares tomaram posse.
Silveira foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2021, após gravar um vídeo com ameaças a ministros do Supremo. Em abril de 2022, foi condenado pela Corte por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a autoridades e instituições.
A pena de oito anos e nove meses de prisão foi perdoada pelo então presidente Jair Bolsonaro, mas as medidas complementares, como tornozeleira e multa, seguiram em vigor.