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General Heleno nega que GSI emprestaria escuta para espionar plano de golpe citado por senador

Segundo senador Marcos do Val, Daniel Silveira, ao fazer a proposta da conversa entre o senador e Alexandre de Moraes, teria dito que o Gabinete de Segurança Institucional daria o suporte técnico necessário para gravar a escuta.
Sputnik
A arena política brasileira foi tomada hoje (2) pelas declarações do senador Marcos do Val (Podemos) o qual declarou à revista Veja que o ex-deputado, Daniel Silveira, em uma reunião conjunta com ex-presidente, Jair Bolsonaro, tentou coagir o senador a gravar uma conversa com o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, e tentar realizar, nas palavras de do Val "um golpe de Estado".
No entanto, no meio das seríssimas afirmações que já estão sendo apuradas pela Polícia Federal, um fato chamou atenção: o parlamentar disse que Silveira lhe garantiu que já havia acertado o suporte técnico para escuta com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Visto isso, o ex-ministro-chefe do GSI durante o governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, disse nesta quinta-feira (2) ser "mentira" qualquer envolvimento de sua pasta ou da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no plano denunciado pelo senador.

"É mentira qualquer envolvimento do GSI ou da Abin, como instituições, nesse 'plano'. Eu jamais tomei conhecimento de qualquer ação nesse sentido", disse Heleno à Folha de São Paulo.

Além do próprio fato em si ser gravíssimo, o "escândalo" relatado pelo parlamentar tomou as principais páginas dos jornais por envolver o ex-chefe do Executivo, o deputado bolsonarista que foi preso nesta quinta-feira (2) e o ministro que é observado por apoiadores e aliados de Bolsonaro como um algoz.
Em um primeiro momento, do Val disse que o ex-presidente e Silveira o tentaram convencer, mas depois recuou e afirmou que que Bolsonaro "só ouviu", durante reunião acontecida no dia 9 de dezembro, o plano do ex-deputado e afirmou que iria pensar a respeito.
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Marcos do Val: proposta de golpe de Estado partiu de Daniel Silveira, não de Bolsonaro
Apesar disso, o senador contou à reportagem da Folha que se encontrou com os dois porque recebeu uma ligação do próprio ex-presidente e que entrou no local da reunião em um carro da presidência.
Após as declarações, a Polícia Federal pediu ao ministro Alexandre de Moraes que autorizasse o depoimento de Marcos do Val no inquérito que apura as invasões em Brasília no dia 8 de janeiro, e o magistrado concedeu cinco dias para que o senador deponha na PF.
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