"A China sempre observou rigorosamente o direito internacional, respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países e nunca invadiu intencionalmente o território ou o espaço aéreo de qualquer país soberano", afirmou o ministério em comunicado.
Na sexta-feira, o chefe da diplomacia dos EUA, Anthony Blinken, anunciou que iria adiar uma visita a Pequim marcada para domingo (6). Novas datas não foram anunciadas. Segundo Blinken, seria prematuro falar no assunto antes da resolução do atual incidente.
Na quinta-feira (2), o Pentágono informou que estava monitorando um balão, classificado pelos EUA como um balão espião da China, que estava sobrevoando o território norte-americano.
Oficiais da Defesa dos EUA disseram que o balão foi observado por alguns dias desde que entrou no espaço aéreo norte-americano, voando em grande altitude. O incidente fez com que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelasse viagem diplomática à China.
Pequim disse que o balão é um dirigível civil usado para pesquisas científicas, que se desviou de seu curso devido ao vento.
O dirigível voou das Ilhas Aleutas através do território do Canadá e chegou ao estado de Montana. Os movimentos do balão são rastreados pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD).
Os militares dos EUA supostamente não derrubaram o objeto por causa do risco de cair em áreas povoadas. Congressistas republicanos cobraram a derrubada e uma investigação subsequente.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que as especulações sobre o tema "balão espião chinês" não contribuem para a solução da questão. O MRE disse que a sonda desviou-se seriamente da rota devido ao vento e que Pequim lamenta que o dirigível tenha sobrevoado os Estados Unidos.
"Foi absolutamente um acidente causado por razões de força maior. Os fatos são extremamente claros", disse o MRE chinês.
"Alguns políticos e mídia nos EUA usaram esta questão como desculpa para atacar e desacreditar a China, e Pequim se opõe fortemente a isso", acrescentou.