Washington iniciou o processo de transferência dos fundos russos confiscados nos EUA para a Ucrânia, anunciou na sexta-feira (3) Merrick Garland, procurador-geral do país norte-americano.
"Hoje, estou anunciando que autorizei a primeira transferência de bens russos confiscados para uso na Ucrânia", disse Garland, citado pela emissora norte-americana CNN.
O dinheiro virá de bens confiscados do empresário russo Konstantin Malofeev, que foi acusado de evadir sanções em abril de 2022, e vai para o Departamento de Estado dos EUA, de forma a "apoiar o povo da Ucrânia", assegurou ele durante sua conversa com Andrei Kostin, seu homólogo ucraniano.
O alto responsável ucraniano elogiou a ação, citando a soma de US$ 5,4 milhões (R$ 27,82 bilhões) confiscados.
"É nossa obrigação garantir que o povo ucraniano receba uma compensação por todos os tremendos danos causados", sublinhou ele no Twitter.
Em resposta à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 para a sua "desnazificação" e "desmilitarização", recebeu uma resposta altamente negativa dos países ocidentais, que impuseram sanções antirrussas sem precedentes e aumentaram seu apoio militar a Kiev. Uma das medidas propostas ao longo dos meses foi a de confiscar os ativos russos e os entregar para a Ucrânia, uma ação qualificada por Moscou como "roubo".