Panorama internacional

WSJ: EUA avaliam sanções a empresas da China por comércio de segurança com Irã

Washington tem observado o crescente fluxo de tecnologia de vigilância chinesa enviada a Teerã e disse que "não hesitará em responsabilizar pessoas e entidades" que colaboram com o comércio entre os países.
Sputnik
Os Estados Unidos estão considerando novas sanções às empresas de vigilância chinesas devido às vendas para as forças do Irã, de acordo com a reportagem do The Wall Street Journal.
Segundo autoridades citadas pela mídia, o governo Biden está em discussões avançadas sobre as sanções, e se concentraram na Tiandy Technologies, fabricante de equipamentos de vigilância com sede na cidade de Tianjin, no leste da China, cujos produtos foram vendidos para unidades do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
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Sanções contra Tiandy estão sendo consideradas pelo Departamento de Estado e pelo Tesouro, disseram os funcionários. Se implementada, a medida pode colocar a empresa em risco de ser isolada do sistema financeiro americano e prejudicar sua capacidade de conduzir negócios em dólares americanos.
O Departamento de Estado "não hesitará em responsabilizar pessoas e entidades por apoiar violações de direitos humanos por [China] e Irã com todas as ferramentas em nossa caixa de ferramentas", afirmou em um comunicado por e-mail citado pelo jornal.
Dados da alfândega chinesa mostram que as exportações de equipamentos de gravação de vídeo para o Irã aumentaram no ano passado em meio a protestos em massa. Na televisão estatal, a polícia de Teerã exibiu o uso de câmeras de vigilância em rede para identificar, seguir e prender manifestantes.
A empresa de pesquisa da indústria de vigilância dos EUA, IPVM, relatou pela primeira vez as negociações comerciais de Tiandy com o Irã no final de 2021.
O governo persa não tenha reconhecido abertamente a compra de equipamentos de vigilância chineses, embora os legisladores iranianos tenham dito que as câmeras de vigilância instaladas para monitorar o tráfego seriam reaproveitadas para impor código de vestimenta do país.
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A China abriga a maior e mais avançada indústria de vigilância por vídeo do mundo, e Pequim tem comercializado agressivamente os sistemas de rastreamento digital para outros governos como uma solução pronta para questões de segurança, como crimes violentos e terrorismo.
De acordo com seu site, a empresa privada Tiandy, fundada em 1994, vendeu suas câmeras e outros produtos de vigilância para mais de 60 países e regiões ao redor do mundo, incluindo Coreia do Sul, Turquia, Países Baixos e Reino Unido.
O Departamento de Comércio dos EUA colocou a companhia em uma lista negra de exportação em dezembro, citando vendas para o IRGC do Irã e as supostas ligações da empresa com questão dos uigures na região chinesa de Xinjiang. A decisão impediu as empresas americanas de exportar componentes para Tiandy sem licença.
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