Operação militar especial russa

Palestina denuncia padrões duplos de punição por parte do Ocidente, incluindo sanções à Rússia

A Palestina denunciou medidas punitivas de duplo padrão do Ocidente, que preveem sanções contra a Rússia por causa de sua operação militar na Ucrânia, ignorando totalmente a ocupação de Israel na Cisjordânia e sua violência contra o povo palestino, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Riad al-Maliki, à Sputnik neste domingo (5).
Sputnik

"Os europeus e os americanos impuseram sanções contra a Rússia pelos eventos ocorridos na Crimeia, enquanto se abstiveram de tomar qualquer ação contra Israel, que ocupa o território palestino há 55 anos. E temos pedido à comunidade internacional que imponha sanções e medidas punitivas contra Israel pela ocupação de nossa terra. Então, obviamente, isso realmente reflete padrões duplos que realmente não aceitamos", disse al-Maliki.

Panorama internacional
Lavrov pede às contrapartes israelense e palestina que evitem uma escalada nas tensões
A Palestina, em particular, tomou nota do texto das declarações emitidas por Estados de todo o mundo em relação à recente escalada nas relações do país com Israel, disse o principal diplomata palestino, acrescentando que o Ocidente expressou condolências pelo tiroteio em Jerusalém que matou vários israelenses enquanto optava por não mencionar um ataque israelense mortal no campo de refugiados de Jenin.

"Vemos a linguagem dupla quando se trata de ataques cometidos por israelenses contra nós, em relação a incidentes quando palestinos atacam alguns israelenses. Eles estão usando as mesmas descrições ao nos descrever, os palestinos, que os israelenses usam. Enquanto quando se trata de ataques de Israel, eles só falam sobre a necessidade de frear a escalada, mas nunca condenam Israel diretamente", disse al-Maliki à Sputnik.

Em 26 de janeiro, pelo menos nove palestinos foram mortos e outros 20 ficaram feridos como resultado de um ataque israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.
No dia seguinte, sete israelenses foram mortos em um tiroteio suspeito de terrorismo em Jerusalém, e outros dois em um tiroteio em um sítio arqueológico na cidade no dia seguinte.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou Israel e a Cisjordânia de 30 a 31 de janeiro em meio às crescentes tensões entre os lados.
O principal diplomata dos EUA pediu a Israel e à Palestina que garantam a redução das tensões em suas relações bilaterais, mas acabou deixando a região sem oferecer nenhuma medida concreta para acabar com a violência, disse al-Maliki à Sputnik.
Panorama internacional
Palestina suspende acordo de segurança com Israel após morte de 9 pessoas na Cisjordânia (VÍDEO)
Comentar