"O objetivo da Espanha será apoiar a criação de uma UE mais forte e resiliente que possa garantir a prosperidade e o bem-estar de seus cidadãos na nova ordem global", disse Sánchez em discurso na sede do Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação em Madrid.
Ele acrescentou que a ordem internacional está mudando e a UE também deve mudar com ela.
"Temos de responder a este desafio e devemos fazê-lo com força e confiança. Sabendo que, embora tenhamos sérias vulnerabilidades, nós, europeus, também ocupamos uma posição geopolítica de grande solidez", afirmou.
Sánchez garantiu que a UE vai responder ao desafio com a recuperação de capacidades industriais estratégicas, "mais integração", "mais multilateralismo" e "maior liderança internacional".
Segundo o primeiro-ministro, durante a sua presidência a Espanha vai promover reuniões de trabalho e fóruns de alto nível para discutir a agenda estratégica europeia, bem como uma reunião informal do Conselho Europeu para abordar o futuro da Autonomia Estratégica Aberta e outras prioridades estratégicas da UE.
Segundo comunicado publicado no site do Palácio da Moncloa, outra prioridade é "um projeto de investigação intergovernamental que utilizará uma abordagem multidisciplinar, empírica e prospectiva para analisar quais são as principais vulnerabilidades estratégicas da UE em quatro áreas-chave [energia, alimentação, saúde e tecnologias digitais], as formas mais eficazes de abordá-los e os efeitos que isso pode ter sobre os cidadãos e as empresas".
Sobre a Autonomia Estratégica Aberta — uma iniciativa que busca responder a várias dependências estratégicas da UE com terceiros países —, Sánchez prometeu que "a futura presidência espanhola do Conselho da UE vai continuar este trabalho e deve colocar, entre suas principais prioridades, a busca de uma maior autonomia estratégica que seja, por sua vez, socialmente justa e ambientalmente sustentável".