"O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e enviados dos Estados Unidos e da Europa encaminharam-se para o Sudão simultaneamente, enquanto o Kremlin e seus oponentes ocidentais intensificam a competição na África. A visita dos seis embaixadores foi planejada por um longo tempo, e as conversas no mesmo dia envolvendo o principal diplomata da Rússia foram uma surpresa nas capitais ocidentais", escreve a agência, citando fontes anônimas familiarizadas com o assunto.
No texto é observado que o Sudão é um dos vários países africanos, incluindo Líbia, Mali e a República Centro-Africana (RCA), com quem a Rússia reforçou os contatos nos últimos anos. E enquanto o Kremlin mantém relações cordiais com as autoridades sudanesas, o Ocidente suspendeu ao mesmo tempo a ajuda ao país em conexão com o golpe militar em outubro de 2021, que derrubou o governo de transição, criado em 2019 após a derrubada do ex-presidente Omar al-Bashir.
"Aos líderes militares do Sudão está sendo oferecida uma escolha semelhante às juntas enfrentadas em toda a África: permitir eleições democráticas em troca de potenciais bilhões de dólares em ajuda e alívio da dívida do Ocidente, ou se aproximar de Moscou e permanecer no poder."
Por sua vez, em Moscou foi declarado que a Rússia continua reforçando a cooperação com os países africanos, apesar das tentativas de isolá-la.
Portanto, o chefe do MRE russo sublinhou que as antigas metrópoles, que no passado tomaram o território da África, devem entender que o mundo mudou. O diplomata disse isso após negociações com o ministro das Relações Exteriores do Mali, Abdoulaye Diop. Em 7 de fevereiro, o chefe da diplomacia russa visitou o Mali e a Mauritânia. Antes disso, o ministro passou dois dias em visita ao Iraque.
8 de fevereiro 2023, 06:04