Nesta quinta-feira (9), em uma reunião em Tóquio, as Filipinas e o Japão assinaram um acordo para permitir que suas Forças Armadas trabalhassem juntas durante as operações de socorro, o que, segundo a Reuters, foi visto como um passo em direção a um pacto mais amplo que poderia permitir a ambos os países que mobilizassem forças no solo um do outro.
Ao mesmo tempo, o acordo de ajuda humanitária é visto como um possível precursor do estabelecimento de um pacto de forças visitantes que permitiria que as forças japonesas se destacassem para as Filipinas com mais facilidade.
"Neste ano de situações internacionais complexas, o Japão atribui grande importância à cooperação com as Filipinas", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em seu discurso de abertura da reunião.
Do lado filipino, o presidente Ferdinand Marcos afirmou que poderia dizer com confiança "que nossa parceria estratégica está mais forte do que nunca, à medida que navegamos juntos nas águas turbulentas que atingem nossa região".
Tanto Fumio quanto Marcos se rementem à China quando falam sobre as "águas turbulentas" e "situações internacionais complexas" na região, segundo a mídia.
Em outubro, o Japão realizou exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos e as Filipinas em outubro, e, na semana passada, Manila assinou um acordo que concede aos EUA maior acesso às suas bases militares.
Uma presença militar japonesa nas Filipinas poderia ajudar o governo filipino a conter a influência chinesa no mar do Sul da China, grande parte do qual Pequim reivindica, incluindo o território que Manila considera seu.
O premiê japonês disse mais tarde que os dois países concordaram em tentar estabelecer uma estrutura que "fortaleceria e suavizaria o processo de realização de exercícios conjuntos".