"Essas hostilidades foram iniciadas por nacionalistas ucranianos e seus apoiadores em 2014, quando ocorreu o golpe. Isso foi seguido por eventos na Crimeia e no Donbass", afirmou o presidente russo.
Putin lembrou que desde 2014, Kiev segue violando todos os compromissos e acordos assumidos, quando as regiões do Donbass foram praticamente bloqueadas e atacadas com maquinaria pesada.
Desta forma, a Ucrânia iniciou as hostilidades há oito anos no território das repúblicas populares de Lugansk (RPL) e Donetsk (RPD), exterminando o povo.
"Então eles começaram uma guerra que durou oito anos para exterminar as pessoas que viviam lá", acrescentou Putin.
Na sequencia dos acontecimentos, os países ocidentais aliados ao regime de Kiev, lançaram duras baterias de sanções contra a Rússia, na tentativa de prejudicar a balança comercial do país.
"Acontece que tanto o sistema financeiro quanto todos os setores da produção funcionam, todos os setores de serviços funcionam, e funcionam ritmicamente, sem falhas.[...] E isso significa que passamos as etapas mais difíceis, espero, para superar as dificuldades que eles estão tentando criar para nós, e vamos seguir em frente", disse Putin.
Segundo o presidente, as instituições internacionais são obrigadas a reconhecer que a Rússia não apenas superou os "choques", mas que "é esperado um crescimento geral da economia russa". Ele acrescentou que, para aqueles que tentaram criar dificuldades para a economia russa, foi uma surpresa ver a eficácia com que Moscou enfrentou as ameaças nessa área.
Putin indicou que apesar dos esforços ocidentais a economia russa vai registrar um leve crescimento em 2023.
"Este ano, segundo todos os indicadores apontam, embora pequeno, é esperado um crescimento [...] geral da economia russa", relatou o mandatário.
Para além de todas as dificuldades impostas pelos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a maioria dos integrantes da União Europeia (UE), Putin garantiu que a postura de Moscou permanece a mesma desde o início da operação militar especial na Ucrânia.
"Quero repetir: não iniciamos nenhuma hostilidade, estamos tentando acabar com ela", declarou.