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Em declaração à imprensa, governo Lula vetou citar apoio de Biden à entrada do Brasil na OCDE

A sugestão do governo Biden de citar apoio do presidente norte-americano ao ingresso do Brasil na OCDE em declaração conjunta foi declinada pela gestão brasileira, e reforçou a ideia já observada de que a OCDE não é prioridade da administração vigente.
Sputnik
Ontem (10) aconteceu o encontro entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca.
Na declaração conjunta pelo encontro emitida por ambas as partes, o texto diz que os dois líderes "reafirmaram a natureza vital e duradoura da relação Brasil-EUA e ressaltaram que o fortalecimento da democracia, a promoção do respeito aos direitos humanos e o enfrentamento da crise do clima figuram no centro de sua agenda comum", segundo comunicado publicado pelo Itamaraty.
Entretanto, uma parte do texto foi vetada de entrar na declaração pelo Brasil. As linhas compreendiam uma sugestão dos norte-americanos para que o texto trouxesse um apoio de Biden aos esforços feitos pelo governo brasileiro para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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De acordo com a coluna de Jamil Chade no UOL, o gesto americano foi considerado como um agrado que Biden queria fazer ao novo presidente brasileiro. Mas o Palácio do Planalto pediu que a referência fosse vetada.
A ambição de entrar para a OCDE, conhecida como "clube dos ricos", era uma forte aspiração do governo Bolsonaro, e na gestão vigente, não é vista como prioridade. O gesto do governo Lula com a sugestão dos EUA foi recebido entre os estadunidenses como uma sinalização de que, de fato, não se trata de uma prioridade, relata a mídia.
O próprio assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, já havia sinalizado antes da posse do petista que o ingresso do país na instituição deveria ser bem estudado, uma vez que não traria "grandes benefícios ao Brasil", conforme noticiado.
Em seu um mês e meio de governo, Lula já indicou que quer trabalhar para o fortalecimento de outros órgãos, principalmente na América Latina e com outros países emergentes.
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