Operação militar especial russa

Embaixador russo adverte contra plano dos EUA de coordenar programa de espionagem na Ucrânia

O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, criticou a retomada de programas ultrassecretos dos EUA na Ucrânia.
Sputnik
Os comentários de Antonov foram feitos após o The Washington Post ter informado que o Departamento de Defesa dos EUA está tentando convencer os legisladores a financiar dois programas ultrassecretos de espionagem na Ucrânia.
"A retomada dos programas de operações especiais dos EUA na Ucrânia significaria o envolvimento aberto das forças armadas dos EUA no conflito", disse o embaixador russo.
De acordo com imprensa norte-americana, os programas considerados por Washington permitem que as tropas da Operação Especial dos EUA empreguem agentes da inteligência ucraniana para "observar os movimentos militares russos e combater a desinformação".
"Se a liderança dos EUA decidir retomar as atividades das Forças de Operações Especiais no território ucraniano, isso representará uma participação indisfarçável do Exército regular [dos EUA] no atual conflito", disse Antonov.
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O embaixador russo deixou claro que ainda não há nenhuma acusação formal de Moscou, apenas "uma investigação de jornalistas, que se baseia em fontes não identificadas da administração [do governo de Joe Biden, presidente dos EUA]".

O embaixador também comentou sobre a execução de prisioneiros russos, apontando que o mundo continua "ignorando as atrocidades cometidas pela atual liderança ucraniana", como os bombardeios contra civis nas cidades de Kherson e Zaporozhie.

O programa de espionagem dos EUA na Ucrânia

De acordo com o The Washington Post, os programas de operações especiais dos EUA na Ucrânia, que foram suspensos antes do início da operação militar da Rússia no ano passado, poderão ser retomados já no próximo ano.
A publicação destaca que os programas são considerados uma forma de "guerra irregular", usados contra adversários com os quais Washington não quer se envolver em um conflito militar direto.
Não se sabe se os legisladores darão continuidade aos programas, já que vários críticos não estão convencidos, afirmou o artigo. Alguns deles estão preocupados com o risco de tais operações arrastarem os EUA para mais fundo no conflito entre Moscou e Kiev.
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