Militares norte-americanos abateram neste sábado (11) um objeto voador não identificado detectado sobrevoando a província de Yukon, região montanhosa localizada no norte do Canadá.
A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. "Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense. O Comando NORAD derrubou o objeto sobre Yukon. Aeronaves canadenses e americanas foram acionadas e um F-22 dos EUA disparou com sucesso contra o objeto", disse Trudeau, em sua conta oficial no Twitter.
Em outro tuíte, o primeiro-ministro canadense disse ter discutido a situação com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Falei com o presidente Biden esta tarde. As forças canadenses vão agora recuperar e analisar os destroços do objeto. Obrigado ao NORAD por vigiar a América do Norte", disse Trudeau.
Mais cedo, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês), força composta por militares dos EUA e do Canadá, confirmou à Sputnik que estava monitorando o objeto voador. Os detalhes e a origem do objeto voador não foram informados pelos militares.
"Aeronaves militares estão operando atualmente no Alasca e no Canadá em apoio às atividades do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD). O NORAD confirma que identificamos positivamente um objeto aéreo de alta altitude sobre o norte do Canadá", disse o comunicado.
"Embora não possamos discutir detalhes específicos relacionados a essas atividades no momento, observe que o NORAD conduz operações dispersas e sustentadas na defesa da América do Norte por meio de uma ou todas as três regiões do NORAD", acrescentou o documento.
Na semana passada, o abate de um balão chinês por militares americanos ameaçou desencadear uma crise diplomática entre Washington e Pequim. O balão foi detectado na quinta-feira (2), sobrevoando o espaço aéreo dos EUA.
Na sexta-feira (3), Pequim confirmou se tratar de um balão chinês, mas destacou que o equipamento fazia parte de seu aparato para pesquisas climáticas e acabou parando em território norte-americano por forças maiores.
Washington acusou a China de espionagem e promoveu uma operação de abate do objeto voador, transmitida ao vivo pela mídia americana. A operação gerou protestos por parte do governo chinês.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que a reação dos EUA ao incidente foi "excessiva e violou seriamente a prática internacional".