Baerbock disse em uma reunião da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês) em 24 de janeiro que os países europeus "travam guerra contra a Rússia" e os instou a fazer mais pela Ucrânia em vez de procurar os perpetradores entre os seus.
As palavras da ministra das Relações Exteriores foram fortemente criticadas pelos legisladores alemães, com alguns deles até pedindo sua renúncia.
"Existe um provérbio que diz que só quem não vive não comete erros", disse Baerbock ao jornal Tagesspiegel, ao comentar a sua própria declaração controversa.
A alta diplomata alemã acrescentou que é importante para ela mostrar às pessoas que a política externa não é algo abstrato, mas diretamente relacionado com suas vidas.
Os países ocidentais, incluindo a Alemanha, aumentaram seu apoio militar à Ucrânia depois que a Rússia lançou uma operação militar especial lá em 24 de fevereiro de 2022.
Berlim tem fornecido a Kiev vários tipos de sistemas de armas, incluindo mísseis de defesa aérea, sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, autoartilharia de propulsão e canhões antiaéreos.
Em janeiro de 2023, a Alemanha também se comprometeu a enviar seus tanques Leopard para a Ucrânia.
Por sua vez, os EUA anunciaram um plano para doar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia.
Segundo o Kremlin, esses tanques "vão queimar como os outros".
A Rússia alertou repetidamente que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão "brincando com fogo" ao fornecer armas a Kiev, e que comboios de armas estrangeiras seriam um "alvo legítimo" para seus militares do outro lado da fronteira.