Panorama internacional

China pede aos EUA que cancelem as sanções contra a Síria em vez de suspendê-las temporariamente

Pertences de moradores de uma casa em Aleppo, na Síria, destruída pelos terremotos que atingiram o país
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, pediu aos Estados Unidos nesta segunda-feira (13) que cancelem imediatamente todas as sanções unilaterais ilegais contra a Síria, deixando de lado os "cálculos geopolíticos" de Washington.
Sputnik
"O governo dos EUA deveria cancelar imediatamente as sanções unilaterais à Síria, em vez de se envolver em um show político sobre o chamado alívio temporário", disse Wang durante briefing.
O porta-voz observou que "há anos os EUA se envolvem em intervenções militares e impõem sanções unilaterais ilegais contra a Síria", exacerbando seriamente a crise na economia síria e no bem-estar das pessoas e enfraquecendo muito a capacidade de resposta a desastres do governo sírio.
Após os terremotos, as sanções dos EUA impediram as vítimas de receber assistência direta nas primeiras 72 horas, segundo o porta-voz.
Vista aérea mostra fileiras de tendas montadas por voluntários para abrigar temporariamente as pessoas vítimas do terremoto na província de Idlib, no noroeste da Síria, 11 de fevereiro de 2023
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Chefe da Organização Mundial da Saúde vai viajar para a província síria de Idlib
Na última sexta-feira (10), o Tesouro dos EUA disse que forneceria vários meses de alívio de sanções para a Síria, a fim de permitir certas transações para esforços de recuperação depois que o país foi atingido por terremotos devastadores. A diretora regional do Programa Mundial de Alimentos da ONU para o Oriente Médio e Norte da África, Corinne Fleischer, disse que algumas sanções contra a Síria devem ser suspensas para que a comunidade humanitária possa entregar remédios e fertilizantes ao país.
No dia 6 de fevereiro, partes da Turquia e da Síria foram atingidas por uma série de fortes terremotos e tremores secundários que mataram cerca de 40.000 pessoas, a maioria delas na Turquia, destruindo milhares de casas.
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