"A preservação do fornecimento de armas e equipamentos é urgente e vital, mas acelerar as negociações de adesão à UE não é. Para dizer a verdade, é uma distração perigosa [...] Dado o que está em jogo, o desejo de ir mais longe e acelerar a adesão da Ucrânia à UE é claro. No entanto, isso pode levar a uma escalada do conflito sem um propósito real", diz o artigo.
De acordo com a Bloomberg, muitos dos membros existentes da UE não querem acelerar o processo, e alguns prefeririam que essa ideia fosse adiada.
"Assim, essa questão pode dividir a união em um momento em que a unidade é crucial. Esse perigo é exacerbado pelo desejo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de promover a aplicação da Ucrânia", observa o artigo.
Anteriormente, o Financial Times informou, citando a vice-primeira-ministra para a integração europeia e Euroatlântica da Ucrânia, Olga Stefanishina, que Kiev reconhece que alguns países europeus não querem ser "empurrados a tomar nenhuma decisão" sobre a adesão da Ucrânia à UE.
Zelensky assinou um pedido de adesão da Ucrânia à UE em 28 de fevereiro do ano passado. Os chefes de Estado e de governo da União Europeia na cúpula em Bruxelas em 23 de junho aprovaram a concessão a Ucrânia e Moldávia do status de candidatas para ingressar na união. Para iniciar as negociações, os países precisam atender a uma série de condições, incluindo reformas e fortalecimento da luta contra a corrupção.
Obter o status de candidato é o início de uma jornada bastante longa para ingressar na UE. A Turquia tem o status de candidata desde 1999, a Macedônia do Norte desde 2005, Montenegro desde 2010 e Sérvia desde 2012. A Croácia foi a última a se juntar à UE até agora - aconteceu em 2013, tendo o processo levado dez anos.