"Ainda estamos aprendendo a extensão do desastre. Seus danos reais não foram calculados", declarou o diretor regional da OMS na Europa, Hans Kluge.
Segundo ele, mais de 31 mil mortes foram confirmadas na Turquia e quase 5 mil na Síria. Além disso, pelo menos 26 milhões de pessoas em ambos os países precisam de assistência humanitária. Kluge observou que a OMS já pediu US$ 43 milhões (R$ 223,28 milhões) para isso.
"Espero que nos próximos dias, à medida que entendemos melhor a magnitude da crise e das necessidades humanitárias, esse valor aumente pelo menos para o dobro", acrescentou o representante da OMS.
No comunicado a OMS também refere preocupação com o aumento da disseminação de doenças infecciosas, que será possível devido à ruptura no abastecimento de água e às condições antissépticas nos locais do desastre.
De acordo com as autoridades turcas citadas pela organização, cerca de 80 mil pessoas estão em hospitais, colocando uma enorme pressão sobre o sistema de saúde, que foi severamente afetado pelo desastre.
"Iniciamos a maior implantação de equipes médicas de emergência na região europeia da OMS em nossos 75 anos de história", enfatizou Hans Kluge.
Na segunda-feira (6), dois sismos de magnitude 7,7 e 7,6 atingiram várias províncias do sudeste da Turquia e do noroeste da Síria. Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, chamou este o maior desastre natural do país desde 1939.