O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, diz que os serviços de inteligência não determinaram a finalidade dos três objetos que apareceram no espaço aéreo norte-americano nos últimos dias, mas não há sinal de que tenham sido usados para vigilância ou conectados à China, segundo o The Guardian.
"Ainda não sabemos exatamente o que eram esses três objetos, mas nada no momento sugere que eles estivessem relacionados ao programa de balões espiões da China ou que fossem veículos de vigilância de qualquer outro país. A avaliação atual da comunidade de inteligência é que esses três objetos provavelmente eram balões amarrados a empresas privadas, instituições recreativas ou de pesquisa, estudando o clima ou conduzindo outras pesquisas científicas", afirmou o mandatário segundo a mídia.
Biden ainda explicou que quando assumiu o cargo, "instruí nossa comunidade de inteligência a dar uma olhada ampla no fenômeno de objetos aéreos não identificados", e que há "uma série de entidades, incluindo países, empresas e organizações de pesquisa, operam objetos em altitudes para fins que não são nefastos, incluindo pesquisas científicas legítimas".
"Nossa comunidade de inteligência ainda está avaliando todas as três incidências. Eles estão se reportando a mim diariamente e continuarão os esforços urgentes para fazê-lo, e comunicarei isso ao Congresso", afirmou o presidente em um discurso na Casa Branca.
Quando o primeiro balão foi noticiado, em 2 de fevereiro, a chancelaria chinesa lamentou o ocorrido e disse que o equipamento era para uso de pesquisa meteorológica, e que o mesmo invadiu o espaço aéreo americano "por força maior", conforme noticiado.
Entretanto, após o primeiro balão, outro apareceu no Alasca, no Canadá e também na China. Na quarta-feira (15), Pequim declarou que balões de alta altitude dos Estados Unidos sobrevoaram as regiões de Xinjiang e Tibete.
Hoje (16), a o país asiático advertiu Washington sobre o perigo de uma "escalada em espiral da saga dos balões", segundo a NBC News.