Os Estados Unidos não estão encorajando a Ucrânia a conduzir operações militares dentro do território da Federação da Rússia, disse John Kirby nesta quinta-feira (16).
"Em termos de quaisquer operações potenciais na Rússia, não estamos encorajando nem permitindo que as forças ucranianas façam isso", afirmou Kirby durante um evento na Universidade de Georgetown.
O porta-voz também declarou que o apoio à Ucrânia permaneceria se Kiev expressasse o desejo de "retomar" a Crimeia da Rússia, já que Washington nunca reconheceu a reintegração feita por Moscou do território.
A autoridade também reiterou que os Estados Unidos rejeitam as reivindicações russas a outras antigas regiões da Ucrânia que votaram para se juntar ao Estado russo.
A declaração de Kirby vai em direção oposta às afirmações feitas mais cedo pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. Na visão de Blinken, a península é uma "linha vermelha" para o presidente russo, Vladimir Putin, e que a ação "poderia levar a uma resposta russa mais ampla", conforme noticiado.
A declaração ocorre enquanto o país norte-americano e aliados continuam a fornecer apoio militar à Ucrânia, incluindo armas de longo alcance, capazes de atingir a Crimeia. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos além de ajudar Kiev na seleção de alvos e outros assuntos táticos.
Moscou já deixou claro que qualquer envio que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para as Forças Armadas da Rússia.
A Crimeia se tornou uma região russa em março de 2014 após um referendo depois do golpe de Estado na Ucrânia. A Ucrânia ainda considera a Crimeia seu território temporariamente ocupado e muitos países ocidentais apoiam Kiev nesta questão.
Por sua vez, a liderança russa declarou repetidamente que os residentes da Crimeia votaram pela reunificação com a Rússia de forma democrática, em total conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.