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Lula e von der Leyen falam sobre acordo UE-Mercosul por ligação; procura mostra clima de 'disputa'

Ligação entre presidente brasileiro e chefe do Executivo da UE é o quarto contato de autoridades europeias de peso com Brasil em menos de dois meses. Antes de von Der Leyen, Lula encontrou com Charles Michel e Olaf Scholz.
Sputnik
Nesta quinta-feira (16), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na conversa, as autoridades conversaram sobre a cooperação entre Brasil e o bloco europeu, além do acordo entre UE e Mercosul e questões ligadas ao meio ambiente.
Boa ligação com o presidente Lula. Ambos estamos empenhados em fortalecer a parceria entre Brasil e União Europeia, principalmente levando o acordo do Mercosul à linha de chegada e intensificando nossa luta conjunta contra o desmatamento. Ansioso para visitar o Brasil em breve.
Em resposta, Lula afirmou que von der Leyen será muito bem-recebida se vier ao país e que a parceria entre o bloco e Brasília será reforçada.
Durante sua viagem a Buenos Aires, no fim de janeiro, o presidente brasileiro se reuniu com o mandatário do Conselho Europeu, Charles Michel. Além disso, o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, esteve no Brasil no mês passado e acenou com uma possível contribuição da UE ao Fundo Amazônia.
A União Europeia tem procurando com vigor o governo brasileiro desde que a iniciou a nova gestão, a ponto de deixar claro antes mesmo da mudança de chefia no Executivo, que só voltaria às discussões do acordo Mercosul-UE quando Lula tomasse posse.
Na semana passada, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, visitou Brasília e também encontrou com Lula. Apesar do novo governo ter um diálogo bem mais aberto e harmonioso com o bloco, há outros motivos por trás da procura europeia pelo Brasil.
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De acordo com diretor do Instituto de Humanidade, Direitos e Democracia (IHUUD), Humberto Albuquerque, entrevistado pela Sputnik Brasil, "a UE sabe que disputa a região com os Estados Unidos", e por isso, quer "uma integração econômica maior" com o Mercosul.
Ainda segundo Albuquerque, os europeus querem ampliar "laços comerciais para ter reservas de matérias-primas", aproveitando o fato de que os EUA concorrem com o Brasil, sobretudo na agricultura. O diretor complementa que "a Europa vai até onde [Washington] permita que ela vá".
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