Na terça-feira, (14) o Parlamento Europeu aprovou um projeto de lei que exige que novos carros de passageiros e veículos comerciais leves na UE produzam zero emissões a partir de 2035, como parte da luta do bloco contra a mudança climática. Na verdade, a medida significa expulsar os carros com motores de combustão interna do mercado da UE.
"A proibição de veículos a gasóleo e gasolina a partir de 2035, aprovada pelo Parlamento Europeu, é fruto de uma visão míope e ainda ideológica que ignora a realidade", disse Urso ao jornal italiano La Stampa.
O ministro italiano acrescentou que esperava que o conflito na Ucrânia mostrasse que não se deve depender dos outros, seja "os combustíveis fósseis russos ontem ou a tecnologia verde da China hoje, sem falar nos metais de terras raras".
A indústria automobilística representa 20% do produto interno bruto da Itália (PIB), gerando 260.000 empregos, disse Urso, acrescentando que a revisão deve ser adiada para 2026, ao abrigo de uma determinada cláusula da legislação, a fim de corrigir erros e deficiências.
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, afirmou que a eliminação progressiva dos carros a gasolina e diesel vai ter consequências negativas para os fabricantes e trabalhadores italianos, além de inundar o país com carros chineses.