"Tais atividades constituem uma participação indireta em conflitos armados, indicamos que tal infraestrutura espacial quase-civil pode ser um alvo legítimo de retaliação", frisou o diplomata, que é o vice-diretor do Departamento de Não Proliferação e Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo ele, o uso pelos EUA e seus aliados de componentes de infraestrutura civil no espaço, incluindo infraestrutura comercial, para fins militares é uma tendência perigosa que surgiu desde o início do conflito na Ucrânia.
Como Vorontsov observou, o uso de satélites civis para fins provocadores levanta questões no contexto do tratado espacial de paz.
Em agosto passado, Andrei Belousov, vice-chefe da delegação russa na Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), disse que os EUA podem usar a situação na Ucrânia para implementar planos na esfera militar-espacial, incluindo a instalação de armas no espaço.
De acordo com o diplomata, o fato de Washington e seus aliados terem se recusado durante 15 anos a negociar com Moscou acordos juridicamente vinculativos para impedir uma corrida armamentista no espaço fala por si.